Desde pequeno eu fui criado a ser justo com as pessoas, agir sempre com a razão. Não só eu, mas acredito que toda gente “normal” é criada dessa maneira. Então seria errado crescer, amadurecer e agir dessa forma? De qualquer jeito a emoção acaba prejudicando esse julgamento em algumas determinadas situações, e com certeza, é a coisa mais complicada do mundo separar a razão da emoção.
A razão causa conflitos que gera dor de duas pessoas ou mais, a emoção gera silêncio, que termina no sofrimento de uma pessoa. Então que escolhas devemos fazer? A de ficar quieto? Ou a de lutar por aquilo que lhe foi dito que é a verdade? É quase impossível sobreviver a essa guerra civil que explode no coração, lágrimas nunca serão o suficiente, e seria tão mais fácil se isso apenas nos fizesse chorar...
Uma coisa eu sei, eu nunca abrirei mão daquilo que é certo, algumas pessoas só vêem o que querem ver, eu também, mas quando sou capaz de enxergar algo errado, eu luto para consertar, custe o que custar. O grande problema é que ultimamente a emoção tem tomado conta de mim, e sendo assim, aprendi a ficar quieto. E é essa dor que destrói tudo o que eu já fui um dia.
Os dias passam e cada vez mais esse conflito se torna um incômodo, acho até que não sei mais onde é o meu lugar, mas se eu não fizer, quem vai fazer por mim? Pode até se tornar mais um dia ruim, mas não vai durar pro resto da vida, espero. E se torna horrível olhar pro lado e sentir aquele peso trancando o seu sorriso, aquela vontade de sumir e esquecer das coisas que te magoam. Sei que estou longe de ser normal, por isso, talvez, eu tente encontrar algo em ideal. Por que tudo tem que ser assim? Meus olhos choram mas não dizem o que fazer, agora já é tarde, ficarei em silêncio. Esperarei o tempo falar por mim as coisas que não vou mais dizer.
Dizem que numa guerra, mesmo naquela entre a razão e a emoção, só há perdedores. Agora eu sei por quê.